República Socialista
Blog dedicado à Sovietologia, à história dos países de democracia popular, da luta antifascista e de libertação nacional e do movimento comunista internacional e a difusão das ideias do marxismo-leninismo.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
A Campanha Midiática Contra a Coreia do Norte Prossegue
A Campanha Midiática Contra a Coreia do Norte Prossegue
Por Ícaro Leal Alves
![]() |
Kim Jung-un atual secretário geral do Partido do Trabalho da Coreia |
A campanha da imprensa contra a Coreia do Norte
(República Popular Democrática da Coreia) continua. Vejam essa reportagem de O
Estadão:
“Novas fotos do ditador norte-coreano Kim Jong-un durante
uma reunião de trabalho chamaram atenção por uma ‘raridade’ no país: um
smartphone. O telefone usado por Kim seria um modelo fabricado em Taiwan. No
começo do ano, o líder deu ordens para que os norte-coreanos que forem
flagrados com telefones contrabandeados de outros países sejam fuzilados.”
(ESTADÃO, 07/02/2013 - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,kim-jong-un-aparece-com-um-smartphone-,993984,0.htm)
Acontece que em outra reportagem mais antiga de outro
órgão jornalístico podemos encontra a seguinte informação; “A Coreia do Norte
conta com mais de 1,5 milhões de utilizadores de telemóveis, número que traduz
um crescimento superior a 50 % face aos 950 mil registados no final do ano
passado, informou hoje o diário sul-coreano Chosun Ilbo.” (EXPRESSO, 21/11/2012
- http://expresso.sapo.pt/utilizadores-de-telemoveis-na-coreia-do-norte-aumentam-mais-de-50--num-ano=f768482)
O mais interessante. Ficamos sabendo na mesma reportagem
que “Em virtude de um acordo com o governo da Coreia do Norte, a Orascom [grupo
egípcio de telecomunicações] presta serviços de telecomunicações móveis com
serviços 3G desde 2008 através da empresa conjunta Koryolink.” (EXPRESSO,
21/11/2012 -
http://expresso.sapo.pt/utilizadores-de-telemoveis-na-coreia-do-norte-aumentam-mais-de-50--num-ano=f768482)
Ou seja, na Coreia do Norte não só não é proibido o uso
de telefones moveis estrangeiros como o grupo responsável pela distribuição de
telefones naquele país é também estrangeiro.
O site de Noticias terra, que também noticiou o fato – e
também apresentou uma serie de especulações contra o governo norte-coreano –,
não fez qualquer menção a ameaças de fuzilamentos, como também informou que a
empresa taiwanesa que produz os smartphones não quis identificar o aparelho,
sendo a “confirmação” da marca do produto especulação do governo de Seul.
(Tecnologia.Terra, 5/02/2013 -
http://tecnologia.terra.com.br/kim-jong-un-e-o-misterioso-smartphone,b797b1fb8cd9c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)
Um órgão de imprensa português, que recentemente noticiou
falácias sobre o canibalismo generalizado devido à fome na Coreia do Norte, O
Diário de Notícias, conseguiu ser mais objetivo que o Estadão, noticiando
simplesmente; “A imprensa sul-coreana especula sobre qual seria a marca do
aparelho, pois alguns dos possíveis fabricantes são empresas de países sem
relações com Pyongyang. Para alguns meios de comunicação trata-se de um
Samsung, outros dizem ser um HTC (de Taiwan) e para outros seria um iPhone da norte-americana
Apple.” (Diário de Notícias, 05/02/2013 -
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3035352&seccao=%C1sia)
Na mesma reportagem de O DN, encontramos uma informação
que arranca algumas gargalhadas. A saber, “Os serviços secretos da Coreia do
Sul também concluíram que seria mais provável ser da marca taiwanesa”. É
possível um maior atestado da falta de argumentos dos governantes do sul do que
a necessidade de seus serviços secretos investigarem a marca do aparelho
telefônico do líder do governo do norte?
Logo em seguida o mesmo site reiterou a informação já
mencionada. “A HTC, por sua vez, recusou-se a confirmar que seria um dos seus
aparelhos”.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Sobre a Bulgária Socialista
Trecho do livro do jornalista australiano Wilfred Burchett, de 1983, sobre a Bulgária socialista:
"Por
que deveria eu escrever um livro sobre a Bulgária? Enquanto escrevia, eu me
perguntava por que não o tinha feito antes. Entre os quase quarenta países da
Europa, das Américas, da Ásia, da Oceania e da África nos quais trabalhei,
incluindo uma dúzia nos quais fixei residência semi-permanente, a Bulgária é o
país que visitei mais frequentemente e mais regularmente. O motivo da Bulgária
não ter inspirado um dos meus numerosos livros é que estive ocupado sobretudo
em escrever reportagens nos pontos mais conturbados do mundo. A Bulgária era o
porto seguro onde eu me retirava entre uma e outra tempestade. Descansar sobre
as areias do Mar Negro e lançar linhas para apanhar alguns de seus peixes tem
um extraordinário efeito terapêutico! No mundo agitado no qual era obrigado a
trabalhar para os editores e diretores de jornais, a tranquilidade da Bulgária
se revestia de uma qualidade rara que, por fim, merecia uma investigação e
reflexão próprias.
"Com o passar dos anos tornou-se
evidente – praticamente embaixo de meus próprios olhos – que uma nova geração
de gente, com ideais novos, estava forjando o futuro do país. Criancinhas cujas
cabeças eu costumava afagar e cujos pais eram, em sua maioria, de origem muito
humildes, tinham se tornado chefes de departamento governamentais, diplomatas,
médicos, cientistas nucleares, especialistas em cibernética. As aldeias e
depois as cidades se transformaram e se tornaram irreconhecíveis. O antigo
axioma marxista sobre os trabalhadores que “nada tinham a perder, a não ser seus
grilhões” tinha perdido seu sentido. É verdade que isso vale também para a
maioria do mundo desenvolvido. Entretanto, quando pela primeira vez visitei a
Bulgária, o país era dos menos desenvolvidos entre os países reconhecidamente
subdesenvolvidos da península balcânica. Os “grilhões” foram substituídos
gradativamente pelos privilégios de uma vida decente, civilizada e refinada.
Havia muitas razões para investigar mais a fundo que nas areias e nas águas do
Mar Negro.
" A Bulgária, que em sua parte do
mundo, permanecera durante longos séculos no “olho do ciclone”, devastada por
um sem-número de guerras e um outro tanto de invasões, agora goza a paz e a
estabilidade. Ela tomou muitas iniciativas para neutralizar o que costumava ser
chamado o “barril de pólvora da Europa”. Se agora o povo não tem mais “grilhões
a perder”, poderiam ter perdido tudo que suas mãos e seus intelectos tinham
construído depois de terem enxotado seus grosseiros invasores em 1878, e
especialmente depois da derrubada do governo monárquico-fascista sessenta e
seis anos depois, caso houvesse uma nova guerra. Na Bulgária, “Paz e Amizade”
não é apenas mais um slogan sem sentido. É uma condição de sobrevivência,
baseado no legado de uma história trágica que várias vezes viu a nação à beira
da extinção. E foi o povo que aguentou as consequências de aventuras militares
que governantes búlgaros e alienígenas travaram entre si, no interesse de
grandes potências imperialistas. O fato que pessoas comuns, do povo, estejam
agora dirigindo seus próprios assuntos em todos os níveis, em vez de uma classe
alta cristalizada e eternamente no poder, parece ser um fator de estabilidade
percebida por qualquer visitante, e ao mesmo tempo o legítimo espírito do
internacionalismo. Hoje a Bulgária tem um público muito instruído e bem
informado. Quando da minha primeira visita em 1948, haviam 20.000 matriculados
nos institutos de ensino superior. Hoje este número está quintuplicado e existe
dez vezes mais pessoal cientifico e técnico – construindo um estado próspero e progressista.
Praticamente todos são de origens humildes, como já mencionei, e com um
interesse forte e legítimo de manter a calma e a estabilidade que todos os anos
atraem para a Bulgária alguns milhões de turistas.
"É licito perguntar por que o autor,
normalmente associados a problemas asiáticos e a lutas de libertação nacional,
chegou a visitar com tamanha frequência a Bulgária. Em questões de consciência
política alcancei a minha “maioridade” na Austrália, quando o fascismo e o
nazismo estavam ascendendo na Europa. Parecia então que varreriam qualquer
coisa que estivesse em sua frente. Foi então que surgiu aquele que um dos meus
amigos políticos definiu “um homem que é uma montanha”, um búlgaro chamado
Georgi Dimitrov. Com todo o poderio da máquina política nazista formada contra
ele, este homem denunciou a verdadeira natureza dos nazistas, conquistando uma
extraordinária vitória legal, moral e política. Os resumidos relatos de sua
magnifica defesa no processo do incêndio do Reichstag que chegaram até a Austrália,
seu triunfal duelo de oratória com o valentão nazista Hermann Göering, foram
raios de pura luz num mundo que estava se obscurecendo. Mais tarde, a
iniciativa de Dimitrov em prol de uma frente unida contra o fascismo e a guerra
ecoou em todo coração e intelecto progressista. Para dezenas de milhões de
jovens da minha geração no mundo inteiro – como percebi mais tarde através de
minhas leituras e viagens – Georgi Dimitrov era o modelo do militante
internacional e destemido. Comecei a me interessar pelo país e pelo povo que
tinha produzido este “homem que era uma montanha”. Nem sonhava que muitos anos
depois iria efetivamente apertar suas mãos na capital da Bulgária. A primeira
impressão, como sempre acontece com os que são realmente grandes, foi sua
personalidade simples e humilde.
"Quando conheci o povo búlgaro,
descobri que Dimitrov reunia em si suas qualidades especiais de coragem,
laboriosidade, perspectiva internacional – e também humildade e simplicidade.
"Um ano depois daquele memorável encontro
eu estava mais uma vez em Sofia – para o enterro de Dimitrov. Na rua o povo
chorava abertamente numa demonstração tão unânime de dor como nunca vi em
qualquer outro lugar.
"Além do meu interesse inicial na
Bulgária de Dimitrov, fiquei profundamente impressionado ao ver como um país
economicamente atrasado e seu povo oprimido tinham se esforçado para se pôr de
pé e estavam se lançando à ambiciosa tarefa de construir uma sociedade
socialista desenvolvida.
"Enquanto absorvia o que estava
acontecendo em termos humanos, tive o privilégio de me casar com uma jornalista
e historiadora de arte búlgara que habitualmente me acompanhava durante os 34
anos de frequentes viagens em sua pátria. Os capítulos seguintes representam
uma síntese das observações durante este período, rematado por uma série
intensiva de visitas no verão de 1981 e também na primavera de 1982, incluindo
muitas entrevistas com líderes de setores vitais do desenvolvimento econômico e
social do país.
"Em menos de quatro décadas a
Bulgária, que já foi um dos estados economicamente mais atrasados da Europa,
foi transformado em estado industrializado moderno – com certeza o mais
próspero dos Balcãs. Antigamente o produto nacional era gerado em 80% pela
agricultura e em 20% pela indústria: está proporção está agora invertida, e 80%
do produto nacional agora é gerado pela indústria. Uma revolução industrial foi
levada a cabo sem os choques e as fraturas sociais da revolução industrial
clássica que sacudiu a Inglaterra durante quase oitenta anos, na segunda metade
do século dezoito e na primeira metade do século dezenove. Obviamente uma das
diferenças mais importantes está no fato que a Bulgária tinha um sistema
sócio-político que podia dirigir o processo de forma científica, absorver os
choques e proteger os interesses dos que eram diretamente atingidos pela
transformação. Como resultado, a Bulgária está rapidamente alcançando países
ocidentais desenvolvidos, superando de muito suas taxas de crescimento
econômico sem inflação, equiparando-se a estes em muitos campos de tecnologia
sofisticada e desafiando-os com o padrão de vida do cidadão comum.
"Um fator vantajoso para a Bulgária e
alguns outros países socialistas é que sua revolução industrial de ontem e sua
revolução científica-tecnológica de hoje se efetuaram e estão ainda se
desenvolvendo dentro da estrutura de um sistema socialista internacional
garantindo pelo poderio econômico da União Soviética. Considerando que, há
quatro décadas, um país como a Bulgária começou praticamente do zero em termos
de indústria, sua base industrial é moderna e altamente sofisticada quando
comparada a muitos setores de países que lideraram a revolução industrial dois
séculos atrás. E considerando que a Bulgária está integrada num sistema
internacional cujos componentes estão cooperando – e não competindo – entre si,
pode se alcançar uma especialização de diferentes setores da economia entre os
estados-membros, proporcionando uma produção em grandíssima escala de
determinados artigos. Isso permite uma renovação constante de equipamentos,
acompanhado os mais recentes avanços tecnológicos em tal medida que poucas
empresas particulares, destas que competem entre si na área nacional ou
internacional, poderiam igualar.
"Com emprego total, um programa
econômico e de produção planejado antecipadamente para um quinquênio, mercados
garantidos e padrão de vida em elevação constante, a Bulgária conseguiu evitar
a distorção social que aflige os países industrializados ocidentais enquanto
mergulham sempre mais profundamente no caos econômico e na crise. (Nos dez
países da Comunidade Econômica Européia a estimativa oficial de desemprego era,
no fim de março de 1982, de 10.7 milhões, ou aproximadamente 9,7% de um total
de 110 milhões de trabalhadores. Calculava-se que esta taxa subiria para 11,5%
em fins de 1982. Com a taxa prevista de crescimento econômico de 1,5 por cento
– em vez de uma estimativa anterior de 2 por cento – não há esperança de
melhora. Entre os sub-empregados o desemprego já alcança aproximadamente 20%.)
Pelos padrões ocidentais na Bulgária praticamente não há prostituição, consumo
de drogas e criminalidade. Contrastando profundamente com os países da CEE e
dos Estados Unidos, os orçamentos para a assistência social, a assistência à
infância, a educação, a saúde pública, a cultura, os esportes e as colônias de
férias aumentam constantemente. Em termos de acesso aos bens de consumo, o
padrão de vida dos trabalhadores com emprego total do ocidente ainda é mais
elevado do que o dos correspondentes na Bulgária, entretanto a diferença está
diminuindo. E também está diminuindo a diferença de padrão de vida entre os
trabalhadores das áreas urbanas e das áreas rurais, inclusive no que se refere
a atividades sociais, o lazer, a diversão.
"A interpenetração entre cidade e
campo está produzindo uma sociedade homogênea, com uma cultura que liga rico
patrimônio nacional com o estrangeiro, para criar novos valores. A cultura é um
produto de classe, acessível a todos e não apenas limitado a uma classe
privilegiada. A Bulgária é uma sociedade aberta e fraternal; o povo está bem
informado e ansioso para se comunicar e cooperar com os povos do mundo além de
suas fronteiras, de forma ativa e criativa, especialmente no que se refere à
paz e ao desenvolvimento de relações amistosas e humanas.
"À luz de todos os critérios normais
para o que constitui “a qualidade de vida”, o povo búlgaro está conseguindo
mais e mais elementos essenciais; os povos do Ocidente industrialmente
desenvolvido conseguem sempre menos. A tendência está firmada; não há sinais de
uma possível mudança. A Bulgária socialista foi edificada sobre fundações muito
sadias e – exceto no caso de uma catástrofe internacional – continuará a
construir uma sociedade socialista adiantada."
(BURCHETT, Wilfred. Bulgária; presente, passado e futuro. - Rio de Janeiro: Novos Rumos, 1983. pp. 7-14)
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
A Campanha da Imprensa Imperialista Contra a Morte Pela Fome na Coreia do Norte
A Campanha da Imprensa Imperialista Contra a Morte
Pela Fome na Coreia do Norte
Por: Ícaro Leal Alves
Crianças Norte-coreanas fonte - http://www.facebook.com/SolidariedadeACoreiaPopular
Acabei
de ler no portal Centro do Socialismo um texto muito interessante intitulado “a
mídia capitalista e a Coreia do Norte”, onde o autor problematiza a intensa
campanha midiática anti-norte-coreia. Em um trecho que me chamou
particularmente a atenção o autor afirma:
“Suponhamos
que fosse verdade. Que a fome tivesse assumido um grau tão amplo no país que o
canibalismo tivesse se tornado um hábito comum. Então, eu digo que o ocidente
seria um dos principais culpados por isso. Afinal, a ONU tolera as sanções
econômicas impostas pelos Estados Unidos e seus aliados ao povo coreano,
sanções que prejudicam terrivelmente a economia do país. Mesmo que o governo da
Coreia fosse tão maligno como prega a propaganda ocidental, não seria melhor
evitar medidas que possam prejudicar a qualidade de vida dos coreanos? Que
culpa os coreanos tem do ocidente não gostar do seu governo?”
O
autor estava se referindo a notícia, divulgada recentemente por uma agência
japonesa que relatava casos de canibalismo na Coreia do Norte (a República Popular
e Democrática da Coreia) e particularmente um caso onde um pai, após matar e
comer seus dois filhos, foi submetido a pena de fuzilamento. Segundo diz a
reportagem o motivo da onda de canibalismo generalizado no país é uma intensa
crise de fome que teria vitimado pelo menos 10 mil pessoas só no ano passado (somente nas províncias de Hwanghae Norte e Sul).
Assim
como o autor do primeiro texto mencionado, não pretendo fazer propaganda do
governo norte-coreano. Meu único objetivo é me questionar sobre a veracidade de
tais relatos. Afinal de contas a desinformação e a demonização desse país, do
qual, tão pouco sabemos (eu pelo menos sei muito pouco) é uma constante.
Recordo-me da morte do antigo presidente daquela república, Kim Jung Il, há
dois anos. A imprensa Brasileira surpresa, parecia perplexa ao transmitir cenas
de norte-coreanos e norte-coreanas chorando desesperadamente a morte do tão
temível ditador. Dois dias depois, se não me engano, os mesmos jornalistas
antes aturdidos, agora anunciavam triunfantes a revelação dos motivos do pranto
desesperado. Em uma matéria, onde só faltaram efeitos pirotécnicos para
completar a orgia de sensacionalismo desavergonhado, o Jornal Nacional noticiava
que o governo “comunista” (essa referência não podia faltar) havia ordenados o
pranto, afirmando que quem não chorasse passaria 6 meses em campos de trabalhos
forçados. Senão por mais nada, somente o absurdo da notícia me parece
suficiente para desmenti-la. Coagir uma população inteira de 24 milhões de
pessoas com a ameaça da deportação para campos de trabalhos caso elas não
chorassem? Mas, ainda havia mais. Após todo o show, ao finzinho da matéria,
quase timidamente, o ancora do jornal anuncia; a informação fora fornecida por
um órgão de imprensa do governo sul-coreano, que por sua vez não indicou qualquer
fonte. A piada está completa. O jornal mais visto do país anuncia com efeitos
sensacionais uma informação tão comprometedora sobre um governo, cuja única
fonte é o Estado rival, que há 50 anos está em estado de guerra com esse e que
não indica qualquer fonte oficial capaz de comprovar o que diz. Obvio que o
efeito sensacionalista supera a factibilidade. E esse “detalhe” pode passar e sem
dúvidas passou despercebido à maioria dos que assistiram ao telejornal.
Por
esse e outros motivos decide buscar as evidências primárias que me permitissem
avaliar com mais objetividade a situação da crise alimentar na Coreia
Democrática e Popular. Não tenho nem mesmo o objetivo de negar que ela exista
ou que o governo daquele país ainda tenha que avançar muito nesse ponto
fundamental, já que os índices de desnutrição e de mortalidade infantil deixam
claro que ainda existe muito que se fazer nesse campo. Porém, seria mesmo tão
desesperadora a situação, que as pessoas necessitem comer seus próprios filhos,
ou os avos desenterrarem os corpos dos seus netos? A fome seria tão grave ao
ponto de generalizar o canibalismo entre a população? E mais, é legitima toda a
campanha de ódio da imprensa contra o regime de “monarquia comunista”, que
impõe a fome? Vamos aos dados.
Na
matéria citada, aponta-se que pelo menos 10 mil pessoas morreram de fome no ano
passado. Curiosamente os dados oficiais disponíveis na internet demonstram que
o índice de mortalidade na Coreia do Norte não é maior do que, por exemplo, o
do Reino Unido e o de Portugal. Enquanto o do primeiro país (país tema desse
texto) é de 9,12 mortes por 1.000 habitantes (dados de julho de 2011) o de
Reino Unido e Portugal são, respectivamente, 9,33 mortes por 1.000 habitantes e
10,86 mortes por 1.000 habitantes (dados do mesmo período). Ora, se a
“monarquia comunista dos Kim” pode ser condenada mundialmente e escarnecida na
imprensa por sua mortalidade generalizada, por que a monarquia inglesa, que
ostenta índices de mortalidade ainda maiores não deve ser vitima do mesmo
opróbio? Ou Portugal, cuja mortalidade supera a do Reino Unido?
Também
observamos que os dados oficiais dão conta de confirmar que a Coreia do Norte,
no fator taxa de mortalidade não esta muito pior do que os Estados Unidos, a
maior potência mundial, líder econômica e que impôs o bloqueio econômico ao
pequeno país anti-imperialista. Na superpotência o índice de mortalidade é de
8,39 mortes por cada 1.000 habitantes (dados de julho de 2011). Obvio que nesse
país os motivos da morte são bem diferentes. Nos Estados Unidos as mortes por
arma de fogo têm, sem dúvida, um peso muito maior, mas longe de se condenar os
defensores do porte de armas como monstros que impõe a morte, a imprensa
internacional propagandeia a mentira aberrante que controle de armas é sinônimo
de fascismo.
Se
se compara a situação da mortalidade com outros países desenvolvidos como
Espanha e França, a Coreia não se parece com um campo da morte. Nesses países o
índice também se mantem acima de 8 mortes por 1.000 habitantes e mesmo se
aproximando dos 9.
Outro
dado surpreendente é que a expectativa média de vida do norte-coreano é de 69,2
anos. Expectativa de um país desenvolvido, que não supera a de nenhum dos
países mencionados, mas que dá uma boa ideia do destino que separa os povos do
mundo colonial que decidiram ser livres, como esse, dos que preferiram, ou,
caíram sob a “proteção” da “democracia internacional” como o Afeganistão, onde
a expectativa média de vida é de 49,72 anos, chegando à somente 48,45 anos para
os homens. Nesse país, que a imperialismo decidiu libertar e proteger, há 12
anos, o índice de mortalidade é de 14,59 mortes por 1.000 habitantes (dados de
julho de 2011). Estaria a campanha de massas da mídia ocidental preparando o
ambiente para esse tipo de libertação a americana?
Ao
refletir sobre esses dados é bom ter em mente que aqui comparamos um país que há
menos de um século deixou, como decorrência de um imenso movimento popular, de
ser uma colônia do império japonês, que, em consequência de sua opção pela
liberdade e a autodeterminação teve seu território dividido e seu povo
massacrado em uma das mais sangrentas guerras da história do século XX – guerra
levada a cabo pelo mesmo império que até nossos dias submete esse país, pequeno
e isolado a um terrível embargo econômico – com países capitalistas (e
imperialistas) desenvolvidos (exceção feita ao Afeganistão). Também não podemos
esquecer que todas as campanhas de intervenção militar no último século foram
antecedidas de intensa campanha midiática de difamação e demonização, cuja única
novidade é o poder cada vez mais crescente de propagação.
O
imperialismo prepara novos derramamentos de sangue injustificáveis, a mentira é
a arma que antecede os fuzis e as metralhadoras.
Solidariedade
ao Povo Norte Coreano que tem o direito de ser livre e Soberano.
P.S:
Segundo informações dos organizadores do Site Solidariedade a Coreia Popular as
próprias autoridades da Coreia do Norte admitem que houve fome no país entre
1990 e 2000, como decorrência da perda dos principais parceiros econômicos (URSS
e países do Leste da Europa) combinada a uma série de catástrofes naturais. Esse
período é conhecido no país como a “Árdua Marcha” e já está encerrado.
Referências:
sábado, 26 de janeiro de 2013
Nota de Esclarecimento sobre o debate com O Communard
Nota de Esclarecimento sobre o debate com O
Communard:
Mentiras de um socialdemocrata perdido em pleno
século XXI
Por: Ícaro Leal Alves
Os
leitores devem estar informados que nossos travamos nos últimos dias um debate
de ideias honesto com o Editor de O Communard. O último e final episodio desse
debate foi um epitáfio do mesmo escrito pelo mesmo Communard. Como em todo
debate, o nosso contraditor que se escondeu atrás da mascara de “camaradagem”
foi mais uma vez desonesto. Como vinha fazendo em todo debate mentiu e
destorceu os fatos.
Nesse blog, onde temos um
compromisso infindável com a verdade, nos vemos obrigado a esclarecer os fatos.
“O epitáfio de uma discussão
impossível”
Como sabemos, nosso Communard decretou a morte desse. No decreto de nosso debatedor honesto afirma que o motivo do fuzilamento das discussões foi uma serie de comportamentos lamentáveis de nossa parte. Um deles o de não haver liberado o seu comentário lamentando o último artigo por nós publicado(1).
No entanto, o Carrasco de nossa discussão mentiu. Ele não fez nenhum qualquer comentário no República Socialista. Todos os comentários são publicados após passarem por moderação, exceto se oferecerem conteúdo racista ou palavras de baixo-calão e ofensas pessoais.
Os comentários do nosso Communard, por sua vez, não só estão liberados, como a prova de que ele não teve nenhum comentário barrado é que permanece disponível seu comentário em Resposta ao Connard de Lúcio jr. Resposta a qual ele minha acusa de não ser franco.
Mentira pra todo lado:
As mentiras apresentadas na nossa discussão pelo Communard fuzilador de debates não param por ai. O nosso “socialdemocrata” – como o autor em questão é denominado em Revista Cidade Sol(2) – lança suas calunias também contra Marx, Lenin e Stalin.
Marx e seu desprezo pelos camponeses
Os bakuninistas afirmando que Marx desprezou os camponeses os tratando como reacionários tem apresentado o marxismo como uma teoria conservadora de uma elite burocratizada dos operários.
Infelizmente nossos anarquistas estão certos, em parte. Já que o marxismo dos marxianos socialdemocratas, que é uma mentira contra Marx, é exatamente isso. Mas esse não é o marxismo-leninismo.
A prova disso está no próprio conjunto de textos produzidos pelo Communard. Ele afirma que Marx considerava os camponeses como uma massa reacionária por suas próprias condições de vida. Será isso verdade.
Tal analise dos camponeses aparece pela primeira-vez em Marx no Manifesto do Partido Comunista escrito em fins de 1847 e publicado no inicio 1848(3). É por tanto anterior a uma série de processos revolucionários do Ocidente e do Oriente.
Um marxista, que se diz adepto de um método de interpretação da realidade fundamentalmente histórico poderia negligenciar esse fato e não submeter tais teses a revisão a luz dos acontecimentos posteriores? Tal comportamento é incompatível com o marxismo. E o próprio Engels o admite em um prefácio a edição posterior do manifesto.
Também O Communard comete uma incoerência, que segundo a sua lógica o transformaria em um contrarrevolucionário. Afirma que “(...) só em raras vezes camponeses se aliaram aos proletários (como na revolução chinesa)”(4). Ora, mas se os camponeses se aliam aos proletários em uma revolução, como a chinesa, isso não faz deles revolucionários? Ou séria O Communard a se tornar contrarrevolucionário ao admitir isso? Vejamos como isso se resolve no marxismo.
Segundo diz o Communard em o 18 de Brumário, Marx é “(...) explícito em declarar que as condições de vida dos camponeses em geral os transformava em conservadores/reacionários (sem ele excluir que há sim camponeses revolucionários).”(5)
Essa passagem levanta duas questões: Se por suas condições de vida os camponeses em geral são reacionários como pode haver camponeses revolucionários? Se existem camponeses revolucionários porque a política de aliança operário-camponesa dos bolcheviques é uma “fraude sociológica”? Talvez O Communard estivesse tentando explicar que enquanto classes os camponeses são reacionários, mas que é possível a existência de uns poucos indivíduos camponeses revolucionários. Mas vejamos o que o próprio Marx diz em o 18 de Brumário;
“Mas, pode-se objetar: os levantes camponeses na metade da França, as investidas do exército contra os camponeses, as prisões e deportações em massa de camponeses?
“A França não experimenta, desde Luís XIV, uma semelhante perseguição de camponeses ‘por motivos demagógicos’.
“É preciso que fique bem claro. A dinastia de Bonaparte representa não o camponês revolucionário, mas o conservador; não o camponês que luta para escapar das suas condições de existência social, a pequena propriedade, mas antes o camponês que quer consolidar a sua propriedade, não a população rural que, ligada a cidade quer derrubar a velha ordem de coisas por meio de seus próprios esforços, mas, pelo contrário, aqueles que, presos por essa velha ordem em um isolamento embrutecedor, querem ver a si próprios e a suas propriedades salvos e beneficiados pelo fantasma do Império. Bonaparte representa não o esclarecimento, mas a superstição do camponês; não o seu bom-senso, mas o seu preconceito; não o seu futuro, mas o seu passado; não a sua moderna Cevènnes, mas a sua moderna Vendée.” (6)
Depois dessa passagem brilhante, que mais podemos dizer? Marx não só afirma que Bonaparte não representa os “camponeses em geral” como quer o nosso Communard, como ele afirma que Bonaparte representa um camponês “especifico”, o camponês conservador em contraposição ao camponês revolucionário, da Cevènnes. E vai mais além, afirma que Bonaparte representa o passado conservador dos camponeses em contraposição ao seu futuro revolucionário.
Marx fala de um camponês enquanto
sujeito histórico determinado, o que nosso Communard “materialista histórico
dialético” ignora, apresentando em seu lugar essa entidade metafisica que é o
camponês sempre reacionário.
Mas Marx vai mais além e explica o
porque, de naquele momento o camponês conversador triunfar sobre o
revolucionário;
“Os
três anos de rigoroso domínio da República parlamentar haviam liberado uma
parte dos camponeses franceses da ilusão napoleônica, revolucionando-os ainda
que apenas superficialmente; mas os burgueses reprimiam-nos violentamente, cada
vez que se punham em movimento. Sob a República parlamentar a consciência
moderna e a consciência tradicional do camponês francês disputaram a
supremacia. Esse progresso tomou a forma de uma luta incessante entre os
mestres-escolas e os padres. A burguesia derrotou os mestres-escolas. (...) E
essa mesma burguesia clama agora contra a estupidez das massas, contra a “vile multide”, que a traiu em favor de
Bonaparte. Ela própria forçou a consolidação das simpatias do campesinato pelo
Império e manteve as condições que originam essa rebelião camponesa. A
burguesia, é bem verdade, deve forçosamente temer a estupidez das massas
enquanto essas se mantêm conservadoras, assim como a sua clarividência, tão
logo se tornam revolucionária.”(7)
Com
se vê para Marx o triunfo do golpe de Estado é muito mais da responsabilidade
da burguesia que afastou os camponeses da República com o massacre das forças
revolucionárias.
Esse
Marx apresentado pelo Communard, que despreza os camponeses e obscurece as
culpas da burguesia não existe.
Já
havíamos apresentado uma citação comprovando que a ideia da aliança
operário-camponesa era do próprio Marx.
Quatro
anos após escrever o 18 Brumário, que é de março de 1852, Marx escreveria uma
carta a Engels, datada de 14 de abril de 1856, onde apresenta a seguinte ideia:
“tudo
na Alemanha dependerá da possibilidade de apoiar a revolução proletária por uma
espécie de segunda edição da guerra dos camponeses. Então a coisa será óptima.”
(8)
Tudo
dependerá da possibilidade de apoiar a revolução proletária em uma segunda
edição das guerras camponesas para que a coisa toda ser ótima. Em sua
argumentação sobre essa passagem o Communard afirma; “A sua citação sobre a ‘revolução
proletária com uma segunda edição da guerra camponesa’ em nada confirma a ideia
de que Marx defende um governo ‘proletário e camponês’, nem mesmo faz qualquer
possibilidade de alusão a isso.”(9) Em sua argumentação, tudo o que falta é o
argumento. Como uma citação literal do Marx real e não imaginado contradiz a
minha construção de Marx eu a ignora simplesmente, essa é a lógica de sofistas
socialdemocratas.
O Socialismo em um só país, mais
uma vez
Já
escrevemos antes nesse blog esclarecendo a questão do socialismo em um só país.
Na ocasião comentávamos o artigo de Cerdeira(10). Também ele acusava Stálin de
haver traído o internacionalismo ao introduzir a teoria do socialismo em um só
país.
Logo na nossa primeira Carta Aberta
ao Communard explicávamos que foi Lenin e não Stalin quem introduziu a teoria
do socialismo em um só país(11). Também o site Comunidade Stálin publicou
recentemente um trabalho no mesmo sentido(12).
Em Agosto de 1915 Lenin escreve:
“A desigualdade do desenvolvimento económico e político é uma lei absoluta do capitalismo. Daí decorre que é possível a vitória do socialismo primeiramente em poucos países ou mesmo num só país capitalista tomado por separado. O proletariado vitorioso deste país, depois de expropriar os capitalistas e de organizar a produção socialista no seu país, erguer-se-ia contra o resto do mundo, capitalista, atraindo para o seu lado as classes oprimidas dos outros países, levantando neles a insurreição contra os capitalistas, empregando, em caso de necessidade, mesmo a força das armas contra as classes exploradoras e os seus Estado.” (13)
Em
setembro de 1916 reafirma:
“O
desenvolvimento do capitalismo realiza-se de modo extremamente desigual nos
diversos países. Nem poder ser de outra forma na produção mercantil. Daí
decorre a indiscutível conclusão de que o socialismo não pode vencer
simultaneamente em todos os países. Ele vencerá inicialmente num só ou em
vários países, continuando os restantes a ser, durante certo tempo, burgueses e
pré-burgueses.” (14)
Como
se vê a teoria do socialismo em um só país é inaugurada por Lenin. E dela não
decorre nenhuma traição, mas a simples conclusão de que o triunfo do socialismo
em todos os países simultaneamente é impossível e que enquanto o socialismo
triunfará inicialmente em um ou alguns países outro permaneceram “durante certo
tempo”, burgueses ou pré-burgueses.
Nosso Communard afirma que a teoria
do socialismo em um só país que ele atribui a Stalin é uma traição ao
internacionalismo para encobri o fato de que ela nascerá de Lenin e foi uma
resposta dos bolcheviques a traição socialdemocrta na primeira guerra mundial,
quando esses apoiaram suas burguesias nacionais contra o proletariado
internacional e posteriormente participaram em governos burgueses que
resultaram no massacre do proletariado revolucionário em diversos países.
Apesar disso, O Communard se posiciona pelos socialdemocratas em detrimento dos
bolcheviques e estranhamente se senti ofendido quando lhe acusam de
socialdemocrata.
Stalin e seus 30 milhões de mortos
Em
outra passagem da discussão o Communard lança mais uma mentira. No primeiro
documento, que deu origem ao debate. Questiona se com os arquivos em aberto
seria possível manter a posição “stalinista”. Em sua resposta a mim afirma que
Stalin teria matado 30 milhões de pessoas nos expurgos.
O Communard que insinuar assim que os arquivos abertos após o fim da URSS confirmariam o extermínio por parte de Stalin de 30 milhões de Soviéticos. Isso é uma mentira deslavada e criminosa.
Amy Knight, uma historiadora que consultou os arquivos soviéticos antes classificados afirma:
“As
estimativas anteriores sobre os números das vítimas dos expurgos, que chegavam
a mais de sete milhões, mostraram agora estar inflacionadas, quando comparadas
com os dados dos arquivos. Embora os números ainda não sejam absolutamente
exatos, o número menor citado aqui (2 milhões) é sem dúvida mais preciso.”(15)
Como se ver número de 30 milhões nem se quer é
cogitado e o de 7 milhões é tido por inflacionado. É preciso acrescentar que os
Expurgo não eram sinônimos de fuzilamento e só uma parte dos expurgados fora
condenada a morte(16).
Hoje
sabemos que muitas penas de morte na URSS foram revertidas a longas penas de
prisão e só uma pequena parcela foi levada a efeito efetivamente. A inocência
dos condenados no período da repressão principalmente dos julgados nos
processos de Moscou está longe de estar comprovada e alguns historiadores
acreditam que eles foram culpados, assim como, que os Expurgos não podem ser
vistos como fenômeno uniforme resultante de um regime totalitário e sob o total
controle de Stalin, mas foram muito mais o resultado de um sistema político
caótico e um processo no qual a personalidade de Stalin tem pouco importância
(17).
Conclusão
Longe de esgotar todas as mentiras presentes nos
textos de O Communard sobre a URSS, nos apresentamos alguns pontos
significativos, que demonstram, ou a ignorância ou a má fé do nosso
contraditor. Esse por sua vez nos acusa de não ser franco. Precipitadamente
encerrou a discussão afirmando que já tínhamos desistido da discussão. Pelo
contrário tínhamos solicitado a paciência de O Communard para aguarda nossa
resposta. A discussão teve infelizmente um fim trágico e a lição que fica é o
quando as discussões envolvendo os contraditores do bolchevismo são pautados na
mentira lançada contra os comunistas e seus simpatizantes.
Reafirmamos que nunca agimos de forma desonesta nessa discussão. Solicitamos aos leitores que confiram o material disponível e consulte outros textos disponíveis nesse blog sobre as mentiras lançadas pela burguesia contra o comunismo (mentiras que reaparecem em um blog comunista como O Communard).
Notas
1 – O epitáfio de um debate: como stalinistas debatem com comunistas in <http://ocommunard.wordpress.com/2013/01/26/o-epitafio-de-um-debate-como-stalinitas-debatem-com-marxistas/>
2 – Lúcio Jr. Resposta ao “Connard” in <http://revistacidadesol.blogspot.com.br/2013/01/resposta-ao-connard.html>
3 – Marx e Engels, O manifesto do Partido Comunista in <http://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunistaEmGalego/cap01.htm#I>
4 – Stalinismo em debate: resposta ao Ícaro e Lúcio Jr in <http://ocommunard.wordpress.com/2013/01/22/stalinismo-ou-o-que-debate-sobre-o-marxismo-leninismo-em-resposta-ao-icaro/>
5 - Debate: pro-stalinismo vs anti-stalinismo, a segunda resposta ao ÍCaro in <http://ocommunard.wordpress.com/2013/01/23/debate-pro-stalinismo-vs-anti-stalinsmo-a-segunda-resposta-ao-icaro-2/>
6 – Karl Marx, 18 Brumário de Luís Bonaparte in Karl Marx & Friedrich Engels Obras Escolhidas, v 1, São Paulo, editora Alfa-Omega, pp. 278.
7 – obra citada, pp. 278-279.
8 – Karl Marx, Carta a Engels (em Manchester) in <http://www.marxists.org/portugues/marx/1856/04/16.htm>
9 - Debate: pro-stalinismo vs anti-stalinismo, a segunda resposta ao ÍCaro in <http://ocommunard.wordpress.com/2013/01/23/debate-pro-stalinismo-vs-anti-stalinsmo-a-segunda-resposta-ao-icaro-2/>
10 – Ícaro Leal Alves, Alguns Problemas do Paradigma Trotskista in <<http://www.republicasocialista.blogspot.com.br/2012/11/alguns-problemas-do-paradigma-trotskista.html>>
11 – Ícaro Leal Alves, Carta Aberta aos Editores de O Communard in <<http://comunidadestalin.blogspot.com.br/2013/01/carta-aberta-aos-editores-de-o-communard.html>>
12 – Sobre as Origens do Socialismo em um só pais <<http://comunidadestalin.blogspot.com.br/2013/01/sobre-as-origens-da-teoria-do.html>>
13 - Vladimir Lênin, Sobre a Palavra de Ordem dos Estados Unidos da Europa, in V.I. LENIN OBRAS ESCOLHIDAS EM TRÊS TOMOS; V. 1. – São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1979. Páginas 569-572. Também disponível em << http://www.marxists.org/portugues/lenin/1915/08/23.htm>>.
14 - Vladimir Lênin, O Programa Militar da Revolução Proletária, in V.I. LENIN OBRAS ESCOLHIDAS EM TRÊS TOMOS; V. 1. – São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1979. Página 680. Também disponível em <http://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/09/programa.htm>
15 – Amy Knight, Quem Matou Kirov? O maior mistério do Kremlin; tradução Sergio Mouras Rego. – Rio de Janeiro – São Paulo: Editora Record, 2001. Pp. 353
16 - Quem Matou Kirov? O maior mistério do Kremlin; tradução Sergio Mouras Rego. – Rio de Janeiro – São Paulo: Editora Record, 2001. Pp. 240.
17 - GETTY, John Arch. Origins of the Great Purges: The Soviet Communist Party Reconsidered, 1933-1938. – Cambrigde: Cambrigde University Press, 1985. Pp. 1-3.
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