Holodomor,
o novo avatar do anticomunismo «europeu»
por: Annie Lacroix-Riz, Professora de História
Contemporânea, Universidade de Paris 7
Tradução portuguesa de MF, revisão e edição de CN,
30.09.2009
Original em francês disponível em http://www.historiographie.info
Desde
Novembro de 1917 sucederam-se sem cessar campanhas antibolcheviques tão
violentas quanto diversas, mas a da «fome na Ucrânia», lançada em 1933, tem
prevalecido de há 20 anos para cá. Ela foi desencadeada quando os grandes
imperialismos, com a Alemanha e Estados Unidos à cabeça, ávidos desde o século
XIX por pilhar os imensos recursos da Ucrânia, se julgaram em condições do o
conseguir. A conjuntura sorriu ao Reich em 1932-1933, quando o Sul da URSS
(Ucrânia e outras «terras negras», Norte do Cáucaso e do Cazaquistão) foi
atingido por uma considerável diminuição das colheitas e o conjunto da União
por dificuldades de aprovisionamento acarretando o regresso a um racionamento
estrito. Grave «penúria» sobretudo durante a «transição» (entre duas
colheitas), não especificamente ucraniana, segundo a correspondência
diplomática francesa; «fome» ucraniana segundo os relatórios de 1933-1934 dos
cônsules alemães e italianos, explorados pelos Estados ou grupos apostados na
secessão da Ucrânia: Alemanha, Polónia, centro principal de agitação em Lwow, e
Vaticano.
Esta
penúria ou esta fome resultou de fenómenos naturais e sociopolíticos; uma seca
catastrófica multiplicou os efeitos da retenção crescente dos fornecimentos
(abate de gado incluído), desde a passagem dos anos 20, pelos antigos kulaques
(os camponeses mais ricos), hostis à colectivização. Esta fracção, em luta
aberta contra o regime soviético, constituía, na Ucrânia, uma das bases de
apoio ao «autonomismo», disfarce semântico da «secessão», em benefício do
Reich, da região agrícola rainha das «terras negras», para além de principal
bacia industrial do país. O apoio financeiro alemão, massivo antes de 1914,
intensificou-se durante a I Guerra Mundial, quando a Alemanha transformou a
Ucrânia, tal como os países bálticos, na base económica, política e militar do
desmantelamento do império russo. A República de Weimar, fiel ao programa de
expansão do kaiser, continuou a financiar «o autonomismo» ucraniano. Ao
chegarem ao poder, os hitlerianos anunciaram o seu plano de anexação da Ucrânia
soviética, e todo o autonomismo ucraniano (os meios policiais, diplomáticos e
militares convergem) aderiu entre 1933 e 1935 ao Reich, então mais discreto
acerca das suas intenções sobre o resto da Ucrânia.
Nessa
altura, a URSS não controlava efectivamente senão a Ucrânia oriental
(Kíev-Khárkov), que tinha voltado a ser soviética em 1920, depois da secessão
operada durante a guerra civil-estrangeira: grandes pedaços da Ucrânia foram
espoliados ou não atribuídos, apesar da pertença étnica da sua população, das
promessas francesas, em 1914, de devolver os despojos do império austro-húngaro
à Rússia tsarista aliada, e da fixação da «Linha Curzon» em 1919. O
imperialismo francês, um dos dois artífices (com Londres) da guerra estrangeira
feita aos soviéticos, depois também do «cordão sanitário» que se seguiu ao seu
fracasso, ofereceu à Roménia, logo em 1918, a Bessarábia (Moldávia, capital
Kichinov), antiga parte do império russo, e a Bucóvia; a Checoslováquia recebeu
de uma assentada a RuténiaSubcarpátia; a Polónia de Pilsudski, com a ajuda do
corpo expedicionário francês dirigido por Weygand[1],
obtém, entre 1920 e 1921, a Ucrânia ocidental ou Galícia oriental, que fora há
muito austríaca – capital Lemberg (em alemão), Lvov (em russo), Lwow (em
polaco), Lviv (em ucraniano). E isto na altura em que a «Linha Curzon» (nome do
secretário dos Negócios Estrangeiros britânico), tinha considerado, em 1919,
este território «etnicamente» russo, transladando a fronteira russo-polaca 150
km para Oeste da Ucrânia russa: a «Rússia» devia receber este território dos
seus aliados quando eles próprios e os Brancos tivessem escorraçado os
bolcheviques, o que não aconteceu.
Esta
distinção geográfica é decisiva porque Lwow tornou-se – e Lviv permanece – um
centro principal do clamor alemão, polaco e do vaticano sobre a «fome na
Ucrânia», que começou no Verão de 1933, isto é, após uma excelente colheita
soviética ter posto fim à crise dos aprovisionamentos. Se houve fome em
1932-1933, atingindo o seu máximo durante a «transição» (entre as duas
colheitas), Julho de 1933 marcou o seu fim. A campanha difundiu-se por todo o
campo anti-soviético, Estados Unidos incluídos, onde a imprensa germanófila do
grupo Hearst a tomou a seu cargo. A fome não foi «genocida», o que é admitido
por todos os historiadores anglo-saxónicos sérios, como R. W. Davies e S.
Wheatcroft, não traduzidos em francês, ao contrário de Robert Conquest, agente
dos serviços secretos britânicos tornado prestigiado «investigador» de Harvard,
ídolo da «faminologia» francesa a partir de 1995.[2] A
campanha original nem sequer tinha brandido o «genocídio»: Berlim, Varsóvia, o
Vaticano, etc. condenaram Stáline, os Sovietes ou os judeus-bolcheviques,
estigmatizaram a sua ferocidade ou a sua «organização» da fome e descreveram
uma Ucrânia impelida pela fome ao canibalismo. Quanto aos franceses, imputavam
aos planos secessionistas do trio este bulício lançado no momento em que o
Reich prometia ao ditador polaco Pilsudski, se este restituísse Dantzig e o seu
corredor, entregar-lhe de bandeja a Ucrânia soviética que juntos em breve
conquistariam: François-Poncet, delegado do Comité das Forjas[3] e
embaixador em Berlim, ria-se com sarcasmo dos lamentos quotidianos vertidos
pela imprensa do Reich sobre o martírio ucraniano, grande ardil com intuitos
externos (anexar a Ucrânia) e internos («difamar os resultados do regime
marxista»).[4]
A
abundante correspondência militar e diplomática da época exclui a tese da
ingenuidade dos «palermas» pró-soviéticos, tais como ÉdouardHerriot, cegos às
mentiras e secretismos de Moscovo, durante a sua viagem em Setembro de 1933 à
Ucrânia: ou seja, a tese defendida em 1994 pelo demógrafo Alain Blum, que
introduziu em França o número dos «seis milhões de mortos». Esse símbolo
concorrencial, tão caro aos anti-semitas ucranianos – era preciso fazer pelo
menos tão bem como os judeus, antes de fazer muito mais, 7, 9, 10, 12, até 17
milhões, que eu tenha conhecimento, (isto para um efectivo total de cerca de 30
milhões de ucranianos soviéticos) –, foi adoptado no Livro Negro do Comunismo,
em 1997, por Nicolas Werth. Na altura, este ainda refutava a tese «genocida»,
que passou a defender quando se comprometeu, em «2000, com um projecto de
publicação de documentos sobre o Gulag (seis volumes sob a égide da Fundação
Hoover e dos arquivos do Estado da Federação da Rússia)».[5]
Número duplamente inaceitável: em primeiro lugar, Alain Blum dedu-lo de
estimativas demográficas, já que a URSS não fez qualquer recenseamento entre
1926 e 1939: ora, entre estas datas, no quadro de um boom industrial orientado
desde o início da grande crise capitalista para a defesa face à ameaça alemã,
ocorreram gigantescos movimentos populacionais inter-regionais, que afectaram
particularmente a Ucrânia agrícola colectivizada. O fraco crescimento da
população ucraniana entre os dois recenseamentos não autoriza pois a
equivalência: défice demográfico igual a mortos de fome; em segundo lugar, o
modo de cálculo da estimativa é absurdo: Alain Blum alinhou-se com os
estatísticos russos que, em 1990, agruparam as perdas presumíveis na década de
1930, atribuindo seis milhões – ao único ano de 1933[6].
O
número fatídico foi retomado por «sovietólogos» franceses, como Stéphane Courtois,
ligados ou não aos campeões da «Ucrânia independente» laranja. Absurdo supremo:
na Ucrânia oriental teriam portanto morrido em alguns meses tantas vítimas – ou
mesmo duas ou três vezes mais – como judeus exterminados a partir de 1939,
sobretudo entre 1942 e 1944, num território que se estende da França aos Urais;
e isto sem deixar nenhum dos traços visíveis, fotografias ou escritos, deixados
pelo genocídio nazi.
É
neste contexto que se movimentaram em França grupos «ucranianos», como a
associação «Ucrânia 33», que foi alojada pelo arcebispado de Lyon, tendo como
presidente honorário Monsenhor Decourtray.[7]
Esta organização está subordinada ao Congresso Ucraniano Mundial, sediado em
Washington e presidido por Askold S. Lozynskyj, que publicou no New-York Times,
em 18 de Julho de 2002, a seguinte correspondência: «quando os Sovietes foram
obrigados a retirar perante a invasão dos nazis, em Junho de 1941, massacraram
os seus prisioneiros (…) da Ucrânia ocidental, detidos e internados às dezenas
de milhares em 1939 (…). Isto foi efectuado com a ajuda dos comunistas locais,
sobretudo dos etnicamente judeus. Este massacre não constituiu infelizmente uma
aberração das acções soviéticas na Ucrânia. Em 1932-1933, na Ucrânia oriental,
os Sovietes já tinham assassinado cerca de sete milhões de homens, mulheres e
crianças ucranianas por meio de um genocídio estrategicamente planificado de
fome artificial. O homem escolhido por IóssifStáline para perpetrar este crime era
um judeu, LazarKáganovitch.[8]
«O
célebre historiador britânico Norman Davies concluiu que nenhuma nação teve
tantos mortos como a ucraniana. O que foi em larga medida o resultado das
acções tanto dos comunistas como dos nazis. Os russos e os alemães eram
bárbaros. Mas os judeus eram os piores. Eles traíram os seus vizinhos e
fizeram-no com muito zelo!»[9].
Estes
anti-semitas frenéticos mostraram-se mais discretos em França, onde bajularam
associações judaicas e a Liga dos Direitos do Homem em «colóquios
internacionais» e debates sobre «os genocídios» (judeu, arménio, ucraniano).[10]
Em 2005-2006, eles exigiram a minha exclusão da Universidade de Paris 7,
primeiro ao seu presidente e depois ao Presidente da República, Jacques Chirac,
acusando-me de «negacionismo» por ter enviado por Internet aos meus estudantes
uma compilação crítica (citada mais à frente) de arquivos sobre as patranhas da
campanha germano-vaticano-polaca de 1933-1935. Não me perdoaram sobretudo o
facto de ter lembrado, em 1996, o papel que teve na Ucrânia ocupada pela
Wehrmacht a Igreja Uniata[11]
da Galícia oriental, submetida ao Vaticano e confiada ao bispo (de Lwow),
Monsenhor Szepticky, que abençoou as matanças da divisão ucraniana SS Galícia,
formada a partir dos agrupamentos do nazi uniatoStepáne Bandera.[12] Acrescentemos
a estes dossiers comprometedores para os arautos do «Holodomor» que eu ouso
afirmar que a diabolização do comunismo e da URSS não resulta da análise
histórica mas de campanhas ideológicas; que, não contente de ser marxista, sou
também judia, e um dos meus avós foi morto em Auschwitz – facto que eu tornei
público em 1999, frente a uma outra campanha,[13] e
que estes excitados conheciam:[14] a
natureza de todos estes elementos mobilizá-los-ia.
Faltou
concretizar-se o sonho de obter o apoio dos judeus de França a uma campanha
contra uma «judia-bolchevique» travestida de «negacionista»! Este assédio,
contra o qual se levantaram o Snesup e o PRCF,[15]
que lançou em Julho de 2005 uma eficaz petição apoiada pela revista (a única)
La Libré Pensée,[16]
esmoreceu depois de os «ucranianos», sob a protecção da polícia do ministro do
Interior, N. Sarkozy, terem homenageado, em 25 de Maio de 2006, no Arco do Triunfo,
o grande pogromistaPetliura. Emigrado em França, depois dos seus crimes de
1919-1920, foi abatido em 1926 pelo judeu russo emigrado Schwartzbard, tendo a
defesa deste dado origem à Liga Contra o Anti-Semitismo (LICA), que se tornou
LICRA[17]
em 1979. Foi esta última que – depois de vários avisos em vão da alegada
«negacionista» Lacroix-Riz – denunciou aqueles anti-semitas de choque, em 25 de
Maio de 2006, através do seu presidente Patrick Gaubert.
Irá
o alarido dos grupelhos «ucranianos» recomeçar entre nós, estimulado pelo
Parlamento Europeu?
A
Ucrânia ocidental laranja, tutora (oficial) de toda a Ucrânia, ocupa de novo o
centro de uma campanha que, desde a era Reagan – fase crucial do
desmantelamento da Rússia iniciado a partir de 1945 pelos Estados Unidos – deve
tudo ou quase tudo a Washington, da mesma forma que a precedente deveu tudo ao
dinheiro alemão. Os seus campeões empilham milhões de mortos de uma Ucrânia
oriental, cuja população nunca se juntou à matilha apesar de o assunto lhe
dizer respeitos em primeiro lugar. Em contrapartida, a CIA foi o chefe de
orquestra, apoiando-se, em primeiro lugar, nos «Ucranianos» anti-semitas e
antibolcheviques, colaboracionistas eminentes sob a ocupação alemã, emigrados
nos Estados Unidos, no Canadá ou na Alemanha ocidental a seguir à expulsão da
Wehrmacht da Ucrânia ou depois de 1945; em segundo lugar, em certas
prestigiadas universidades americanas, entre as quais Harvard e Stanford,
seguidas por universidades «ocidentais» (Europa oriental incluída), as quais foram
gratificadas através de financiamentos americanos (em plena miséria dos
créditos públicos para a investigação) com uma profusão de colóquios e
encomendas editoriais sobre «a fome genocida na Ucrânia».
O
apoio financeiro e político americano engendrou a campanha «Holodomor» dos
governos ucranianos – que em 2008 erigiram em herói nacional StepáneBandera,<<chefe
da organização terrorista ucraniana na Polónia»[18],
pretensamente independentista» (não do Reich), criminoso de guerra emigrado em
1945 em zona de ocupação americana, organizador, a partir da sua base de
Munique, de assassinatos em massa até aos anos 50 na Ucrânia novamente
soviética.[19]
Sem um tal apoio, a gritaria terminaria ou perderia todo o eco internacional. O
«Parlamento Europeu», ao reconhecer em 23 de Outubro de 2008 «o Holodomor (fome
provocada artificialmente em 1932-1933 na Ucrânia) como “um crime horrível
perpetrado contra o povo ucraniano e contra a humanidade”», revelou a sua
estrita dependência relativamente aos Estados Unidos, dos donos da Ucrânia
«independente», em concorrência com a Alemanha, cuja grande imprensa manifesta
um zelo pró-ucraniano igual ao da actual Polónia, herdeira dos «coronéis» Josef
Beck e consortes.
Bibliografia
sumária: conjuntura ucraniana germano-vaticano-polaco-americana, Annie
Lacroix-Riz, Le Vatican (réf. N. 7); Le Choix de ladéfaite:
lesélitesfrançaisesdanslesannées 1930, Paris, Armand Colin, 2006, reed. 2007, De
Munichà Vichy, l’assassinat de la 3.ª Republique,
1938-1940, mesmo editor, 2008;e sobretudo a iminente versão final da síntese
apresentada aos meus estudantes em 2004, «Ucrânia 1933, actualizada em 2008»,
(«Sobre a “fome genocida stalinista” na Ucrânia em 1933»: uma campanha alemã,
polaca e do Vaticano>>, www.historiographie.info),
que desencadeou a fúria dos defensores da “Holodomor”.
Reter
da bibliografia Douglas Tottle, Fraud, FamineandFascism. The
UkainianGenocieMythfrom Hitler to Harvard, Toronto, Progress Book, 1987,
esgotada mas disponível na Internet: este antigo fotógrafo mostrou que as fotos
das campanhas ucranianas de 1933-1935, a partir da era reaganiana, (artigos,
obras, filmes) provinham das colecções da fome de 1921-1922, resultante de sete
anos de guerra, primeiro mundial depois a guerra estrangeira e civil, e
desancou de forma muito bem argumentada as fontes escritas e fotográficas da
principal obra de Conquest (capítulo 7, «HarvestofDeception», «A colheita de
enganos», e sobretudo p. 86-90); Geoffrey Roberts, Stalin’s War: FromWorltoCold
War, 1939-1953. New Haven & London: Yale University Press, 2006, que estima
o balanço dos massacres perpetrados pelos banderistas em«35 mil quadros
militares e do partido na Galícia oriental [soviética] entre 1945 e 1951», p. 325.
[1]
Maxime Weygand (1867-1965), general francês, nomeado em 1920 conselheiro na
Polónia do ditador Józef Piłsudski, comandou a «Missão Militar Francesa» que
desempenha um papel central na guerra russo-polaca de 1919-1921, levando à
derrota do Exército Vermelho na Batalha de Varsóvia, a que se segue a anexação
de territórios ucranianos e bielorussos (N. do Ed.).
[2]
Respectivamente The years of Hunger, Soviete Agriculture 1931-1933, New York,
Palgrave Macmillan, 2004, e Harvest of Sorrow, New York, Oxford University
Press, 1986, traduzido em 1995 (e a minha actualização na Internet,
bibliografia sumária).
[3]
Comité des forges, organização patronal da siderurgia francesa, criado em 1864,
que foi substituído em 1945 pela Câmara Sindical da Siderurgia Francesa (N. do
Ed.)
[4] Despacho 727 para Paul-Boncour,
Berlim, 5 de Julho 1933, Europa URSS 1918-1940, vol. 986, relações
Alemanha-URSS, Junho 1933 – Maio 1934, arquivos do Quai d’Orsay (MAE).
[5] http://www.ihtp.cnrs.fr/spip.php?article98
(site IHTP); sobre o papel anti-soviético oficial desta fundação, estreitamente
ligada ao Departamento de Estado, referência da n.1.
[6] Alain Blum, Naître, vivre et mourir
en URSS, 1917-1991, Paris, Plon, 1994, p. 96-99 e n. 61, p. 243
[7] Albert Decourtray (1923-1994),
nomeado arcebispo de Lyon em 1981, cardeal em 1985, eleito membro da Academia
Francesa em 1993. (N. do Ed.)
[8] Lázar Moisséievitch Káganovitch
(1893-1991), membro do POSDR desde 1911, do CC desde 1922 e do Politburo desde
1926, participante na Revolução de Outubro, secretário-geral do PC(b) da
Ucrânia (1925-28), primeiro secretário do Comité de Moscovo (1930-1935),
dirigiu a reconstrução de Moscovo e a obra do metropolitano, ministro das Vias
de Comunicação (1935-44) e ministro da Indústria Pesada (1937), entre outros
cargos. Em 1957 é declarado membro do «grupo antipartido», afastado de todos os
postos, sendo definitivamente expulso do PCUS em 1961. (N. do Ed.)
[9]
http://zustrich.quebec-ukraine.com/new02_shmul.htm, tradução ALR. O polonófilo
Davies, que obteve o seu doutoramento em Cracóvia, deve a notoriedade à sua
minimização da destruição dos judeus da Polónia, que o opôs a vários
historiadores americanos (Lucy S. Davidowicz, Abraham Brumberg e Theodore
Rabb).
[10]
«Memórias partilhadas dos genocídios e crimes contra a humanidade», «colóquio
internacional» do «Colectivo Reconhecimento», 28-29 de Abril 2006, ENS Lyon,
etc. (documentação Internet inesgotável).
[11] Igreja Uniata é a designação comum
dada à actualmente designada Igreja Greco-Católica Ucraniana, que manteve o
rito bizantino ortodoxo apesar ter pertencer à Igreja Católica e estar
directamente sujeita ao Papa (N. do Ed.).
[12] O Vaticano, a Europa e o Reich da I
Guerra Mundial à Guerra fria (1914-1955), Paris, Armand Colin, 1996, reed.
2007, p. 414-417, e infra.
[13] Quando contestaram o meu trabalho
sobre a fabricação e entrega ao Reich do Zyklon B «francês» (da fábrica de
Villers-Saint-Sépulcre) pela sociedade mista Ugine-Degesch, Industriais e
Banqueiros Franceses sob a Ocupação: A Colaboração Económica com o Reich e
Vichy, Paris, Armand Colin, 1999, index.
[Stepáne
Andréievitch Bandera (1909-1959), contra-revolucionário ucraniano, líder da
Organização dos Nacionalistas Ucranianos entre os anos 30 e 50. (N. do Ed.)]
[14] O que foi referido regularmente nas
suas prosas ao longo da sua campanha de 2005-2006.
[15] Snesup, Sindicato Nacional do Ensino
Superior; PRCF, Pólo da Renascença Comunista Em França. (N. do Ed.).
[16] Entre as organizações solicitadas
não signatárias, o PCF, a Liga dos Direitos do Homem, o MRAP, diversas associações
judaicas, o Comité de Vigilância dos Usos Públicos da História, a Associação
dos Professores de História e Geografia (APHG), etc.
[La Libré
Pensée é uma revista digital (lapenseelibre.fr) de orientação marxista editada
em francês. (N. do Ed.)]
[17] Liga Internacional Contra o Racismo
e o Anti-Semitismo (N. do Ed.)
[18]
Despacho 30 de Léon Noël, embaixador em Varsóvia, 15 de Janeiro de 1936, SDN,
vol. 2169, Polónia, dossier geral, Fevereiro-Julho de 1936, MAE.
[19]
Lacroix-Riz, Vatican, loc. Cit., Tottle, chap. 9-10; Mark Aarons e John Loftus,
Nazis no Vaticano, Paris, O. Orban, 1992, índex Bandera; Christopher Simpson,
Blowback. America’s recruitment of Nazis and its effects on the Cold War, New
York, Weidenfeld & Nicolson, 1988, índex Bandera, etc.
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